sexta-feira, 25 de janeiro de 2008


um único sussurro

e já não havia mais nada a ser dito

a casa crescera ao contrário

o céu ficara infinito demais

os medos raízes criaram

nos pulmões nos artelhos nas pálpebras

e aos sorrisos coube um acotovelar de justificativas

frágeis qual amor que um dia esqueceu de sonhar

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


refúgio a ser erguido
pontuarei meu desassossego entalhando estrelas
num céu diminuto
enquanto a cidade caduca
consumida por memórias febris

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008


não que meus ossos saibam

sabe o poente

as estrelas não

dos pássaros que secam em pleno vôo

(folhas quando chegam ao chão)

o gosto de céu que ficou